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Ativistas postaram quase 25.000 endereços de e-mail e senhas supostamente pertencentes ao Instituto Nacional de Saúde Norte Americano, Organização Mundial de Saúde, Fundação Gates e outros grupos que trabalham para combater a pandemia do coronavírus, de acordo com sites especializados em monitoramento online de grupos extremistas e terroristas.
Mesmo não sendo possível verificar se os endereços de e-mail e as senhas eram autênticas, as informações publicadas no domingo (19) e na segunda feira (20), segundo as apurações realizadas por sites especializados, foram utilizadas para fomentar tentativas de invasão por grupos extremistas.
As listas contendo as informações sobre e-mais e senhas parecem ter sido divulgadas primeiramente no 4chan, portal conhecido por conter publicações anonimas com comentários políticos odiosos e extremos e, em seguida, foram publicadas no Pastebin, um site para armazenamento de informações em texto claro. Posteriormente foram publicadas no Twitter e em canais extremistas de extrema direita no aplicativo de mensagens Telegram.
“Extremistas capitalizaram as listas e as publicaram massivamente em lugares já utilizados por eles. Usando os dados, os extremistas incentivaram uma campanha de assédio contra as empresas, enquanto compartilhavam teorias da conspiração sobre a pandemia do coronavírus, informou a diretora executiva de um site responsável pela análise da publicação das informações”.
O relatório divulgado indica que, o arquivo com maior quantidade de informações refere-se ao Instituto Nacional de Saúde Norte-Americano (NIH), com 9.938 dados encontrados. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças Norte-Americano (CDC) teve o segundo maior número de informações publicadas, com 6.857.
As informações referentes ao Banco Mundial apresentavam 5.120 registros e, a lista de endereços e senhas pertencentes a Organização Mundial da Saúde (OMS) totalizou 2.732 linhas. Em menor escala a Fundação Gates, de propriedade do ex-presidente da Microsoft Bill Gates, foi acometida pela exposição de endereços de e-mail e senhas, assim como o centro de virologia de Wuhan.
O chefe executivo de uma empresa australiana de Internet informou que conseguiu acessar os sistemas da OMS usando endereços de email e senhas postados na Internet. A OMS tem sofrido fortes críticas, inclusive do presidente Trump, que suspendeu o financiamento, por sua resposta ao novo coronavírus e foi acusado de ser muito respeitoso com a China.
“A segurança das senhas é terrível. Quarenta e oito pessoas têm ‘senha’ atribuída às credenciais. Outros usaram seus próprios nomes ou “changeme”, disse o executivo sobre a qualidade das senhas utilizadas nas credenciais listadas pertencentes à OMS.”
O executivo da empresa de Internet australiana acrescenta que os supostos endereços de e-mail e senhas podem ter sido comprados de fornecedores na Deep Web, uma parte da Internet que não é indexada pela maioria dos mecanismos de pesquisa e onde as informações roubadas geralmente são postadas para venda. As credenciais da OMS parecem ter vindo de uma invasão em 2016.
Um especialista do site responsável pela análise dos vazamentos disse que, embora o material referentes aos vazamentos antigos apareça ocasionalmente na Deep Web, “ainda foi encontrada nenhuma prova sólida para este caso específico”.
Mais Informações em washingtonpost.com
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